TUBERCULOSE LATENTE

Todos os pacientes candidatos a receber certos tipos de medicações imunossupressoras, especialmente os imunobiológicos anti-TNFs, precisam ser triados para a tuberculose latente. E para isso realizam os exames de PPD, além da radiografia de tórax. Nesse momento pode bater aquela dúvida. Será que essa medicação é tão forte assim que “vai me dar tuberculose”? O seria essa tal infecção latente? Meu PPD deu positivo tenho tuberculose? 
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A infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis é a persistência dessa bactéria no indivíduo SEM causar sinais ou sintomas clínicos. Porém mantendo sua viabilidade, ou seja, capacidade de voltar a se replicar e causar doença. Os imunossupressores, principalmente os anti-TNFs, bloqueiam essa citocina muito importante para a formação do granuloma. Que é a forma como nosso sistema imunológico tenta manter essa bactéria “encarcerada” para que ela não volte à ativa. Ou seja, quem tem a infecção latente não tratada e usa imunossupressores tem chance de desenvolver a tuberculose ativa. 
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O PPD é um teste cutâneo, onde injeta-se “partículas da bactéria” na pele e após 48 a 72 horas surgem no local um área endurada (“bolinha”) caso o paciente teve contato prévio com a bactéria. O tamanho dessa enduração vai nos predizer “o tamanho” desse contato com o bacilo. 
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 Quando ele for menor que 5mm dizemos que ele não foi reator. E nesse caso normalmente a pessoa nunca teve contato (existem exceções). ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ

 

 Nos casos em que o PPD for maior de 5mm faz-se necessário o tratamento da tuberculose latente antes de iniciarmos a medicação do paciente.
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 E nos casos de forte reatividade, PPD > 20mm, o médico deverá pesquisar inclusive a presença de tuberculose ativa. 
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O Reumatologista em conjunto com o médico Pneumologista ou Infectologista irá analisar cada caso. O tratamento dessa forma de tuberculose latente é diferente da forma ativa da doença. Usamos a medicação isoniazida por um período mínimo de 6 meses.