A falta de colágeno pode, além da pele não tão jovem, gerar doenças como a osteogênese imperfeita (doença congênita) ou o escorbuto (onde a falta vitamina C, cofator para produção de colágeno). O colágeno nada mais é que uma proteína, uma “bem grandona”. O colágeno é feito de aminoácidos, que são os “tijolinhos” que constroem qualquer tipo de proteína. Você poderia “se suplementar” de colágeno de três formas. Ingerindo colágeno não desnaturado, que é ele “inteirinho” na cápsula. Comendo gelatina que é quando o colágeno bovino é aquecido e “quebrado” em gelatina, para os vegetarianos temos o ágar-ágar extraído de algas. Ou o colágeno hidrolisado que “pegaram a gelatina e quebraram ela bem mais” até sobrarem só os "tijolinhos”, os aminoácidos.
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A questão primordial ensinada por Sr. Guyton é: seu corpo pode produzir colágeno hidrolisado para você! Sem custos! E ele pode usar para isso pé de porco, carne, BANANA.... Qualquer coisa que tenha proteína! Quando você ingere orelha de porco ou esses suplementos de colágeno eles são “quebrados” em aminoácidos e absorvidos dessa forma. Aí seu corpo usa esses aminoácidos (os que custaram $2 reais e os de $200) para produzir colágeno, ou qualquer outra proteína que “der na telha”.
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Mas, e quanto aos “estudos que mostram benefícios” dessas suplementações para as articulações? Em metanálise recente a redução na dor observada, para o colágeno hidrolisado do tipo II, é estatisticamente relevante apenas a médio prazo, a longo prazo foi igual ao placebo. E aquele papo que o colágeno não desnaturado do tipo II modular o sistema imunológico para não reconhecer moléculas de colágeno como estranhas e assim reduzir a inflamação. Poxa, suuuper legal! Mas com baixo nível de evidência.
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Agora, ainda não conseguiram um “colágeno bom”, mas os estudos com substâncias que possam parar a degradação da matriz da cartilagem articular feita por enzimas, estão a todo vapor. Ah e não se engane! Relevância estatística, ínfima como no caso, não é o mesmo que relevância clínica! E isso faz muita diferença no mundo real onde pacientes deixam de comprar comida de verdade para gastar com suplementos de mentira.
