Essa na verdade pode ser uma boa notícia para que curte uma pimentinha. Não seria bem meu caso... A pimenta contém uma substância chamada capsaicina, é ela que dá aquela sensação de ardido. Sempre que estudamos sobre o tratamento de dor, especialmente a dor neuropática, é descrito o uso da capsaicina na forma de pomada. Mas a verdade é que poucos pacientes se adaptam e gostam de usar, já que pode irritar a pele. Mas alguns estudos, a maioria ainda em modelos animais, mostram que a sensação de ardência se dá pela ligação dessa substância a um receptor específico nos nervos sensitivos. E por estarem presentes também nas células do sistema imune esse mesmo receptor teria também funções pro-inflamatórias e anti-inflamatórias por ações em diversas células do sistema imune (células T, dendriticas e natural killer)
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Estudos pequenos com pacientes com artrite reumatoide, utilizando sua forma tópica, mostrou um benefício na diminuição na inflamação. Isso se daria por sua ação diminuindo a liberação de substância chamadas neuropeptídios (substância P, neuroquinina A, entre outros) que agem nos nervos das articulações (especificamente na sinóvia) gerando dor e inflamação. Bem, tudo muito legal, mas a verdade é que os cientistas ainda não têm muito ideia de como fazer um estudo com essa substância oral, já que ela poderia ser também irritativa para o trato gastrointestinal na forma de capsulas da mesma forma que faz com a pele.
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Por enquanto, para quem gosta e não tem problemas com seu uso, a pimenta pode ser uma boa opção. Já que de qualquer forma, qualquer tempero que nos ajude a ficar mais longe do sal é bem vindo... Será que um “ardidinho” pode apagar o fogo algumas vezes?
Foto: Canva free image
