Falou em dor lombar ou em nádegas o Reumatologista já fixa o olhar... Se for um adulto jovem e a dor melhorar ao exercício, com o “corpo quente” e piorar com repouso, pronto, já estamos de lupa na mão! Se “nossa lupa” encontrar uma entesite e umas pistas interessantes na história do paciente... Voilà! Vamos com certeza pedir um exame de imagem, normalmente uma radiografia e/ou ressonância, para verificar a presença de inflamação na coluna ou em articulações sacroilíacas. E nesse exato momento nossa vida poderia ficar mais fácil e esse exame rapidamente “fechar o caso”... Mas, como já estamos bem acostumados, qualquer achado em qualquer exame deve ser analisado com cuidado...
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Dentro do assunto “nem tudo que reluz (na ressonância magnética) é sacroileíte” a osteíte condensante do íleo (OCI) pode realmente nos pegar de calças curtas. E aquela paciente que nos procurou com dor lombar e que suspeitávamos de espondiloartrite pode ter na verdade uma patologia das articulações sacroilíacas de outra natureza. Na OCI a dor na região lombar baixa e sob as nádegas geralmente NÃO é continua ou acompanhada de rigidez e características inflamatórias como encontramos nas espondiloartrites. Mas ela pode imitar certinhos os sintomas de dor lombar da colega e nesse caso algumas pistas podem nos ajudar:
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Nossa paciente com OCI normalmente está ou já esteve grávida! Acredita-se que alterações próprias da gravidez como compressão vascular com isquemia óssea, frouxidão ligamentar e sobrepeso nessa articulação possam ser um fator “estressante” para o osso.
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Os achados de no RX, TC ou RNM são de de áreas de esclerose óssea, formação de osso, que aparecem como “triângulos” no ílio contíguo a parte inferior da articulação sacroilíaca, normalmente bilateral. Além disso ela está “bonitinha” sem erosões ou espaço articular estreitado.
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As pistas das espondiloartrites não são encontradas: entesites, história pessoal ou familiar de psoríase, doença inflamatória intestinal, provas inflamatórias, gene HLA-B27, etc...
