FERTILIDADE MASCULINA

Não poderíamos deixar de falar dos homens portadores de doença reumatológica. Sim, eles são minoria por aqui, mas também podem sofrer com infertilidade com algumas causas relacionadas a doença reumática ou ao seu tratamento.


Fatores como nutrição deficiente, obesidade, uso de álcool, cigarro, drogas ilícitas, alterações genitais e hormonais, insuficiência renal e doença com altos níveis de atividade também são fatores que devem ser considerados. A produção de anticorpos contra espermatozoides pode ser encontrada em até 42% dos pacientes lúpicos, mas ainda não se sabe ao certo o quanto poderia interferir na fertilidade desses homens.
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Com relação ao uso de medicamentos o uso de anti-inflamatórios, ao contrario das mulheres, parece não influenciar tanto na espermatogênese. Medicamentos como a hidroxicloroquina, leflunomida, micofenolato de mofetil, azatioprina, ciclosporina e anti-TNF NÃO foram relacionados com infertilidade feminina. Mas atenção às seguintes medicações:
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 Sulfassalazina: pode causar alterações no número, motilidade e morfologia dos espermatozoides. Alterações reversíveis, em média três meses após suspensão da droga.
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 Metotrexato: alguns trabalhos, poucas evidências, sugerem que ele poderia influenciar na espermatogênese, também reversível após suspensão.
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 Ciclofosfamida: assim como nas mulheres o risco de infertilidade é dose dependente. A única maneira atualmente disponível e com bons resultados para manter a fertilidade nesse caso é a criopreservação de espermatozoides para posterior uso em técnicas de reprodução assistida.
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Assim como a fertilidade feminina a masculina deve ser avaliada com cuidado e por profissional habilitado, o Urologista. E essa avaliação não se resume apenas a quantificação dos espermatozoides, uma avaliação global do paciente com perfil hormonal, exame urológico completo e por vezes exames de imagem testicular são necessários. Converse sempre com seu Reumatologista!